sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vilão

Abrir mão de carro é uma questão de mudança de atitude. E criatividade.
É fato que nos tornamos dependentes do carro, que de certa maneira nos traz uma sensação de conforto e independência. É fato também que se formos analisar as opções de transportes públicos, a decisão de renunciar do nosso cotidiano o carro fica realmente desalentadora. E entre essas e outras, só fica sem carro mesmo quem não tem grana pra comprar, bancar ou não se arrisca em 60 prestações.
É ai que entra a criatividade, porque não apenas de ônibus e metro se locomove o paulista. Existem os taxis, motoristas particulares, amigos, que podem sim, ser uma opção para famílias grandes, (dois filhos já é família grande), para colegas de trabalho, para amigos na balada. O custo mensal de um motorista particular é mais barato que manter dois ou mais carros, o taxi nem é uma opção tããão cara assim se for dividido entre mais pessoas, e para quem mora tipo perto do trabalho, faculdade ou curso, não custa nada (ta, custa 2,70) ir de ônibus né, afinal, pode não ser sempre tão agradável, mas dá até pra ler. E claro, temos a ecológica, saudável e charmosa opção da magrela, ou da caminhada consciente. (Acabei de inventar)
Mas, infelizmente o carro ainda é sinônimo de status, de poder, ainda é sonho de consumo da maioria dos brasileiros e representa falaz liberdade uma vez que, dentro do carro, no meio de um engarrafamento mega, ninguém tem a liberdade de sair andando.
E euzinha, aqui no meu utópico mundo das maravilhas, acredito que, assim como o cigarro, o automóvel ainda irá se tornar o grande vilão.

Nota do autor: Ando de ônibus, metro, a pé, e de carro também, mas ainda não parei de fumar :o(

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