terça-feira, 28 de agosto de 2007

Yoga


Foi basicamente entre a posição da cobra e a invertida que achei que realmente havia faltado às aulas de biologia (em todas elas). E, enquanto eu tentava relaxar, concentrando-me apenas na respiração, tentando diminuir a tensão dos músculos e moderando os pensamentos, uma interrogação não saía da minha cabeça: “Onde raios ficam as escápulas e qual mesmo era a clavícula??????”
Tentei buscar nos arquivos mortos do colegial para ver se encontrava alguns documentos que pudessem auxiliar-me na busca. Achei a ficha do tórax, da coluna vertebral, das costelas, e nem precisei abrir a pasta para dizer com propriedade que o fêmur é o osso mais longo, mais volumoso, mais resistente do corpo humano, e que se localiza na coxa. Mas e as escápulas? Onde estavam os registros das escápulas?
Num ataque de frenesi, comecei a busca incansável pela nossa estrutura óssea e, enquanto a professora conduzia a aula em direção ao relaxamento dos músculos e da mente, eu não consegui pensar em nada além das aulas de biologia.
Atualizei os dados, “googlei”, pedi ajuda aos amigos mais íntimos, e depois de uma investigação minuciosa, encontrei o que eu tanto procurava, “A escápula”, descobrindo enfim que esta era nada menos que a saudosa omoplata, das aulas de biologia, do colegial, daquela época em que a vida era mais leve, mais simples, mais irresponsável.
Acabei descobrindo então que várias partes do corpo humano haviam mudado sua nomenclatura e que, pasmem, existe uma razão para isso, que não interferir na minha meditação, mas esse é um assunto para uma outra reflexão, não durante as minhas aulas de yoga, pois essas eu faço para (tentar) não pensar em nada.

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